sábado, 14 de julho de 2012
Pensar com café: A Força do Poder Criativo As biografias do...
Pensar com café:
A Força do Poder Criativo
As biografias do...: A Força do Poder Criativo As biografias dos grandes artistas tornam abundantemente claro que o desejo criativo é frequentement...
A Força do Poder Criativo
As biografias do...: A Força do Poder Criativo As biografias dos grandes artistas tornam abundantemente claro que o desejo criativo é frequentement...
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Pensar com café: O Lado Obscuro de cada um de Nós ...
Pensar com café:
O Lado Obscuro de cada um de Nós ...: O Lado Obscuro de cada um de Nós ...
O Lado Obscuro de cada um de Nós ...: O Lado Obscuro de cada um de Nós ...
O Lado Obscuro de cada um de Nós
Por: Carl Jung.
...Passou no seu casamento por aquilo que é quase um facto
universal - os indivíduos são diferentes uns dos outros. Basicamente,
constituem um para o outro um enigma indecifrável. Nunca existe acordo total.
Se cometeu algum erro, esse erro consistiu em ter-se esforçado demasiadamente
por compreender totalmente a sua mulher e por não ter contado com o facto de,
no fundo, as pessoas não quererem saber que segredos estão adormecidos na sua alma.
Quando nos esforçamos demasiado por penetrar noutra pessoa, descobrimos que a
impelimos para uma posição defensiva e que ela cria resistências porque, nos
nossos esforços para penetrar e compreender, ela sente-se forçada a examinar
aquelas coisas em si mesma que não desejava examinar. Toda a gente tem o seu
lado obscuro que - desde que tudo corra bem - é preferível não conhecer.
Mas isto não é erro
seu. É uma verdade humana universal que é indubitavelmente verdadeira, mesmo
que haja imensas pessoas que lhe garantam desejar saber tudo delas próprias. É
muito provável que a sua mulher tivesse muitos pensamentos e sentimentos que a
tornassem desconfortável e que ela desejava ocultar de si mesma. Isto é
simplesmente humano. É também por este motivo que tantas pessoas idosas se
refugiam na própria solidão, onde não serão incomodadas. E é sempre sobre
coisas de que elas não desejariam estar muito cientes. O senhor não é,
obviamente, responsável pela existência destes conteúdos psíquicos. Se, apesar
disto, ainda for atormentado por sentimentos de culpa, reflicta então sobre os
pecados que não cometeu e que gostaria de ter cometido. Isto poderá
eventualmente curá-lo dos seus sentimentos de culpa relativamente à sua mulher.
Carl Jung, in 'Cartas'
A Força do Poder Criativo
As biografias dos grandes artistas tornam abundantemente claro que o desejo criativo é frequentemente tão imperioso que demole a sua humanidade e subjuga tudo ao serviço do trabalho, até mesmo à custa da saúde e bem-estar de um vulgar ser humano. O trabalho por nascer na psique do artista é uma força da natureza que alcança o seu fim, tanto por poder tirânico como por astúcia vil da própria natureza, independentemente do destino pessoal do homem que é o seu veículo.
Carl Jung, in 'On the Relation of Analytical Psychology to Poetry'
O Vazio da Pressa e do Dinamismo
Theodore Adorno, in "Minima Moralia"
O Poder da Indústria Cultural
O poder magnético que sobre os homens exercem as ideologias, embora já se lhes tenham tornado decrépitas, explica-se, para lá da psicologia, pelo derrube objectivamente determinado da evidência lógica como tal. Chegou-se ao ponto em que a mentira soa como verdade, e a verdade como mentira. Cada expressão, cada notícia e cada pensamento estão preformados pelos centros da indústria cultural. O que não traz o vestígio familiar de tal preformação é, de antemão, indigno de crédito, e tanto mais quanto as instituições da opinião pública acompanham o que delas sai com mil dados factuais e com todas as provas de que a manipulação total pode dispor. A verdade que intenta opor-se não tem apenas o carácter de inverosímil, mas é, além disso, demasiado pobre para entrar em concorrência com o altamente concentrado aparelho da difusão.
Theodore Adorno, in "Minima Moralia"
A Individualidade Não Se
Deixa Representar
Conselho ao intelectual: Não deixes que te representem. A
fungibilidade das obras e das pessoas e a crença daí derivada de que todos têm
de poder fazer tudo revelam-se no seio do estado vigente como grilhões. O ideal
igualitário da representatividade é uma fraude, se não for sustentado pelo
princípio da revogabilidade e da responsabilidade do rank and file. O
mais poderoso é justamente o que menos faz, o que mais se pode encarregar
daquele a que se dedica e sua vantagem arrecada. Parece colectivismo e fica-se
apenas pela demasiado boa opinião de si mesmo, pela exclusão do trabalho,
graças à disposição do trabalho alheio.
Na produção material está solidamente implantada a
substituibilidade. A quantificação dos processos laborais diminui
tendencialmente a diferença entre o encargo do director geral e o do empregado
de uma estação de serviço. É uma ideologia miserável pensar que, nas actuais
condições, para a admininstração de um trust se requer mais
inteligência, experiência e preparação do que para ler um manómetro. Mas
enquanto na produção material há um apego tenaz a esta ideologia, o espírito da
que lhe é contrária cai na submissão. Tal é a cada vez mais ruinosa doutrina da
universitas litterarum, da igualdade de todos na república das ciências,
que não só faz de cada um controlador do outro, mas, além disso, deve
capacitá-lo para fazer igualmente bem o que o outro faz. A substituibilidade
submete as ideias ao mesmo processo que a troca das coisas. É excluído o
incumensurável. Mas como o pensamento tem, antes de mais, de criticar a
omnímoda comensurabilidade, derivada da relação de troca, volta-se então,
enquanto relação produtiva espiritual, contra a força produtiva.
No plano material, a substituibilidade é o já possível, e a insubstituibilidade é o pretexto que o impede; na teoria, à qual cabe compreender esse quid pro quo, a substituibilidade ajuda o aparelho a prolongar-se ainda até onde reside a sua oposição objectiva. Só a insubstituibilidade poderia contrabalançar a inserção do espírito na área do emprego. A exigência, admitida como evidente, de que toda a realização espiritual se deve deixar dominar por qualquer membro qualificado da organização faz do mais obtuso técnico científico a medida do espírito: onde iria ele buscar a capacidade para a crítica da sua própria tecnificação?
A economia suscita assim a nivelação do que, em seguida, se indigna com o gesto do "Agarra, que é ladrão!" A demanda da individualidade tem de se projectar de forma nova na época da sua liquidação. Quando o indivíduo, como todos os processos individualistas de produção, surge historicamente antiquado e na rectaguarda da técnica, chega-lhe de novo, enquanto sentenciado, o momento de dizer a verdade perante o vencedor. Pois só ele conserva, de um modo geralmente distorcido, o vestígio daquilo que concede o seu direito a toda a tecnificação, e de que esta elimina, ao mesmo tempo, a consciência.
Theodore Adorno, in "Minima Moralia"
No plano material, a substituibilidade é o já possível, e a insubstituibilidade é o pretexto que o impede; na teoria, à qual cabe compreender esse quid pro quo, a substituibilidade ajuda o aparelho a prolongar-se ainda até onde reside a sua oposição objectiva. Só a insubstituibilidade poderia contrabalançar a inserção do espírito na área do emprego. A exigência, admitida como evidente, de que toda a realização espiritual se deve deixar dominar por qualquer membro qualificado da organização faz do mais obtuso técnico científico a medida do espírito: onde iria ele buscar a capacidade para a crítica da sua própria tecnificação?
A economia suscita assim a nivelação do que, em seguida, se indigna com o gesto do "Agarra, que é ladrão!" A demanda da individualidade tem de se projectar de forma nova na época da sua liquidação. Quando o indivíduo, como todos os processos individualistas de produção, surge historicamente antiquado e na rectaguarda da técnica, chega-lhe de novo, enquanto sentenciado, o momento de dizer a verdade perante o vencedor. Pois só ele conserva, de um modo geralmente distorcido, o vestígio daquilo que concede o seu direito a toda a tecnificação, e de que esta elimina, ao mesmo tempo, a consciência.
Theodore Adorno, in "Minima Moralia"
A Função do Escritor
Jean-Paul Sartre, in 'Situações II'
Os Fortes Aspiram a Separar-se e os Fracos a Unir-se
O crescimento da comunidade frutifica no indivíduo um interesse novo que o aparta da sua pena pessoal, da sua aversão à sua própria pessoa. Todos os doentes aspiram instintivamente a organizar-se em rebanhos, o sacerdote ascético adivinha este instinto e alenta-os onde quer que haja rebanhos, o instinto de fraqueza forma-os, a habilidade do sacerdote organiza-os. Não nos enganemos: os fortes aspiram a separar-se e os fracos a unir-se; se os primeiros se reúnem, é para uma acção agressiva comum, que repugna muito à consciência de cada qual; pelo contrário, os últimos unem-se pelo prazer que acham em unir-se; porque isto satisfaz o seu instinto, assim como irrita o instinto dos fortes. Toda a oligarquia envolve o desejo da tirania; treme continuamente por causa do esforço que cada um dos indivíduos tem que fazer para dominar este desejo.
Friedrich Nietzsche, in 'Genealogia da Moral'
quinta-feira, 12 de julho de 2012
A INTERNACIONALIZAÇÃO DO MUNDO
Por: Cristovam Buarque
"Durante debate em uma Universidade, nos Estados Unidos, fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para uma resposta minha.
De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.
Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade.
Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da Humanidade.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas reuniam o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza especifica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o pais onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa."
O fato que deu origem a este artigo, ocorreu em Nova York, nas salas de convenções do Hotel Hilton, durante o encontro do State of the World Forum, em Setembro de 2000 foi publicado por Cristovam Buarque no Globo e no Correio Braziliense, logo depois.
Não Digas Nada!
Não digas nada!
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender —
Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada
Deixa esquecer
Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz
Não digas nada.
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender —
Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada
Deixa esquecer
Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz
Não digas nada.
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Contrariar as Contrariedades
Clarice Lispector, in 'Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres'
Caminhamos Todos para a Eternidade
Denis Diderot, in 'Elementos de Fisiologia'
Os Crentes e os Fanáticos
A Lamentação é Completamente Inútil
Não há dúvida de que é inútil e prejudicial lamentarmo-nos perante o mundo. Resta saber se não é igualmente inútil e prejudicial lamentarmo-nos perante nós próprios. Evidentemente. De facto, ninguém se lamentará perante si próprio, a fim de se incitar à piedade, o que nada significaria, dado que a piedade é, por definição, o voluptuso encontro de dois espíritos. Para quê, então? Não para obter favores, porque o único favor que um espírito pode fazer a si próprio é conceder-se indulgência, e toda a gente percebe quanto é prejudicial que a vontade seja indulgente para com a sua própria e lamentável fraqueza.
Resta a hipótese de o fazermos para extrair verdades do nosso coração amolecido pela ternura. Mas a experiência ensina que as verdades surgem apenas em virtude de uma pacata e severa busca, que surpreende a consciência numa atitude inesperada e a vê, como de um filme que parasse de repente, estupefacta, mas não emocionada.
Basta, portanto.
Cesare Pavese, in "O Ofício de Viver"
A Falsa Polidez
Que contraste flagrante entre a susceptibilidade da maioria das pessoas à mais ténue alusão de censura a seu respeito, e aquilo que ouviriam de si, caso surpreendessem as conversas dos seus conhecidos! Deveríamos, antes, ter em mente que a polidez habitual é apenas uma máscara burlesca; desse modo, não gritaríamos tão alto todas as vezes que esta fosse deslocada ou retirada por um breve instante. Todavia, quando se torna de facto rude, é como se tivesse despido todas as suas roupas e se postasse de nós in puris naturalibus (nu em pêlo). Decerto, assim o fazendo, desempenha uma figura bastante feia, como a maioria dos homens nesse estado. Arthur Schopenhauer, in 'Aforismos para a Sabedoria de Vida'
quarta-feira, 11 de julho de 2012
A Psicologia de Grupo
O indivíduo num grupo está sujeito, através da influência deste, ao que com frequência constitui uma profunda alteração na sua actividade mental. A sua submissão à emoção torna-se extraordinariamente intensificada, enquanto que a sua capacidade intelectual é acentuadamente reduzida, com ambos os processos evidentemente dirigindo-se para uma aproximação com os outros indivíduos do grupo; e esse resultado só pode ser alcançado pela remoção daquelas inibições aos instintos que são peculiares a cada indivíduo, e pela resignação deste àquelas expressões de inclinações que são especialmente suas. Aprendemos que essas consequências, amiúde importunas, são, até certo ponto pelo menos, evitadas por uma «organização» superior do grupo, mas isto não contradiz o fato fundamental da psicologia de grupo: as duas teses relativas à intensificação das emoções e à inibição do intelecto nos grupos primitivos.
Sigmund Freud, in 'Psicologia das Massas e a Análise do Eu'
Ser é Escolher-se
Para a realidade humana, ser é escolher-se: nada lhe vem de fora, nem tão-pouco de dentro, que possa receber ou aceitar. Está inteiramente abandonada, sem auxílio de nenhuma espécie, à insustentável necessidade de se fazer ser até ao mais ínfimo pormenor. Assim, a liberdade não é um ser: é o ser do homem, quer dizer, o seu nada de ser. (...) O homem não pode ser ora livre, ora escravo; ele é inteiramente e sempre livre, ou não é. Jean-Paul Sartre, in 'O Ser e o Nada'
Esforçamo-nos mais por evitar o sofrimento do que para procurar o prazer. Privamo-nos para mantermos a nossa integridade, poupamos a nossa saúde, a nossa capacidade de gozar a vida, as nossas emoções, guardamo-nos para alguma coisa sem sequer sabermos o que essa coisa é. E este hábito de reprimirmos constantemente as nossas pulsões naturais é que faz de nós seres tão refinados. Porque é que não nos embriagamos? Porque a vergonha e os transtornos das dores de cabeça fazem nascer um desprazer mais importante que o prazer da embriaguez. Porque é que não nos apaixonamos todos os meses de novo? Porque, por altura de cada separação, uma parte dos nossos corações fica desfeita. Assim, esforçamo-nos mais por evitar o sofrimento do que na busca do prazer.
Sigmund Freud, in 'Correspondência (1883)'
O Falso Conforto da Religião
O homem comum entende como sendo a sua religião um sistema de doutrinas e promessas que, por um lado lhe explica os enigmas deste mundo com uma perfeição invejável, e que por outro lhe garante que uma Providência atenta cuidará da sua existência e o compensará, numa futura existência, por qualquer falha nesta vida. O homem comum só consegue imaginar essa Providência sob a figura de um pai extremamente elevado, pois só alguém assim conseguiria compreender as necessidades dos filhos dos homens ou enternecer-se com as suas orações e aplacar-se com os sinais dos seus remorsos. Tudo isto é tão manifestamente infantil, tão incongruente com a realidade, que para aquele que manifeste uma atitude amistosa para com a humanidade é penoso pensar que a grande maioria dos mortais nunca será capaz de estar acima desta visão de vida.
É ainda mais humilhante descobrir como é grande o número de pessoas, hoje em dia, que não podem deixar de perceber que essa religião é insustentável, e, no entanto, tentam defendê-la sucessivamente, numa série de lamentáveis actos retrógados. Gostaríamos de pertencer ao número dos crentes, para podermos advertir os filósofos que tentam preservar o Deus da religião substituindo-o por um princípio impessoal, obscuro e abstracto, e dizemos: «Não usarás o nome de Deus em vão!». Alguns dos grandes homens do passado fizeram o mesmo, mas isso não serve de justificação para nós; sabemos porque é que tiveram que o fazer.
Sigmund Freud, in 'A Civilização e os Seus Descontentamentos'
A inteligência do posicionamento ateísta
INTRODUÇÃO
Este não é um texto como outro qualquer. Não é apenas mais uma argumentação em defesa do ateísmo, ou atacando a crença em um deus, ou deuses. Muito mais do que defender o ateísmo, este é mais um que descreve a luta contra o preconceito. O ideal deste texto é esclarecer aos que tem dúvidas acerca do assunto – ateísmo – ou que desconhece, ou, em última análise, os que classificam esta “ideologia” de forma pejorativa e negativa; a idéia é apresentar uma argumentação visando o esclarecimento a cerca da ausência da crença em um deus, ou deuses. Aliás, o próprio termo “ideologia” não se encaixa ao ateísmo, pois este é mais do que uma ideologia, mas isto será bem explicado ao longo da argumentação que preparei.
1. O QUE O ATEÍSMO É, E O QUE O ATEÍSMO NÃO É
O principal objetivo desse texto é apontar as razões intelectuais do ateísmo. Porém, ser ateu não implica necessariamente em intelectualidade – existem ateus que apenas não crêem e pronto; não vêem razão ou necessidade de uma explicação melhor para a origem da vida e do Universo. Para atingir o objetivo proposto, é necessário explicar o que de fato o ateísmo é, e o que o ateísmo não é. Isso é um pouco mais complicado do que parece, pois há um leque de classificações negativas atribuídas ao ateísmo. Classificações completamente equivocadas e que pretendo desmontar a seguir.
1.1 Ateísmo é...
Há uma série de “crenças” equivocadas a cerca do ateísmo. Minha intenção, neste momento é desmistificar esta “ideologia”, acabando com as falsas idéias que existem a cerca deste posicionamento. A única maneira de atingir este objetivo é explicar o que de fato o ateísmo não é. Mas antes disso, é necessário explicar o que o ateísmo é. Não se pode começar pelo fim; é deveras importante compreender o ateísmo antes de desmon-tar as falsas idéias que são alimentadas sobre este.
O termo ateu vem do prefixo grego a-, significando “ausência”, e do radical “teu”, derivado de theós, que significa “deus”. Ateu significa, literalmente, aquele que não tem deus (ou deuses), que não possui crença em um deus (ou vários deuses). É muito importante que isso fique bem evidenciado e que se tenha sempre isto em mente durante toda a leitura: “[aquele] que não possui crença em um deus (ou vários deuses)”.
Ser ateu é mais que uma ideologia ou uma filosofia; ser ateu não compreende qualquer linha de pensamento filosófico, ideológico e/ou político. Uma ideologia é um “conjunto das idéias que constituem uma doutrina” ou “conjunto de idéias, crenças, doutrinas de uma sociedade ou classe social” (Minidicionário Larousse da Língua Portuguesa). O ateísmo não pode ser classificado como uma ideologia, e sim como um “posicionamento”. Ser ateu não compreende vínculo com qualquer linha de pensa-mento filosófico, ideológico e/ou político. Você pode ser ateu e ser socialista, bem como um capitalista; pode ser anarquista, ou mesmo autoritário; ser de Direita ou de Esquerda. Ser ateu não implica em materialismo, em qualquer de suas vertentes: materialismo ideológico e materialismo capitalista. O ateu é simplesmente alguém que não crê em um deus, ou deuses. Ao contrário do que muitos dizem o ateísmo não é uma “crença na não-existência de Deus”. Mas isto nos leva ao próximo ponto.
1.2 Ateísmo não é...
Ser ateu não compreende imoralidade, falta de ética, ou culto ao diabo; ser ateu não compreende em buscar provas da não-existência de um deus, ou deuses; ser ateu compreende em não crer em qualquer deus (ou deuses). Veja bem, o ateu é um não-crente, e não uma pessoa de fé, como muitos erroneamente associam. De fato, as pessoas confundem “crer na não-existência de Deus”, com “não crer na existência de Deus”.
Para ilustrar melhor essa idéia, tomemos como exemplo a possibilidade da existência da vida em outros planetas. A ciência busca, mas ainda não encontrou indícios de vida fora da Terra (até onde eu sei, perdoem-me caso minha afirmação esteja equivocada). Muitas pessoas acreditam que exista vida fora da Terra, outras não. As que não acreditam, de certa forma, crêem que não há vida fora da Terra. Claro que o termo “crença” aqui não está ligado à crença na metafísica sobrenatural, como ocorre na crença em Deus, mas é uma crença. Isso é uma crença na não-existência: a crença na não-existência da vida fora da Terra. Neste caso é perfeitamente cabível cunhar o termo “crença na não-existência”, pois a possibilidade da existência de vida fora da Terra é bastante plausível. Já o ateu, não crê na existência de Deus, o que é bem o contrário. O ateu não crê que exista um deus, ou deuses, por não ver qualquer lógica racional em favor da existência do mesmo.
Mas a pior de todas as crenças negativas atribuídas ao ateísmo, é a de que o ateísmo é uma ideologia que tem por objetivo comprovar que Deus não existe. Essa crença está totalmente equivocada, a começar pela classificação de “ideologia” creditada ao ateísmo – como já expliquei anteriormente, o ateísmo não pode ser classificado como tal. Mas o principal equívoco consta na própria idéia em si. O ateísmo não tem por objetivo a comprovação de que não exista um deus, ou vários deuses, nem nada disso! O ateu é apenas uma pessoa que não crê em um deus, ou deuses. Se tivesse o objetivo de comprovar que Deus não existe, seria classificado como ideologia – e seu ideal seria um mundo sem Deus, ou a comprovação de que Deus não existe. Porém – e torno deixar isso bem esclarecido – o ateísmo não é uma ideologia. Da mesma forma, o teísmo (assim como o deísmo, o politeísmo e o panteísmo) não é uma ideologia. O teísta é aquele que crê na existência de um deus, onisciente, onipotente e onipresente, que intervêm na vida das pessoas atendendo a preces e orações. A religião, como o Catolicismo, por exemplo, pode ser classificada como uma ideologia – uma ideologia que visa espalhar a suposta palavra de Deus (a Bíblia). O ateu apenas considera que os argumentos em favor da existência de Deus são ilógicos e incoerentes, portanto não crê que este exista.
Acredito ter expressado da maneira mais clara possível o que o ateísmo é, e o que o ateísmo não é. Espero ter conseguido desmistificar esse posicionamento. Àqueles que leram esta argumentação, e que classificavam erroneamente o ateísmo a qualquer uma dessas crendices equivocadas, espero que não tornem a cometer este terrível equívoco. A seguir pretendo explicar por que considero o ateísmo um posicionamento mais inteligente que o posicionamento teísta e o posicionamento agnóstico.
2. A INTELIGÊNCIA DO ATEÍSMO
Este será o ponto mais complicado e – obviamente – mais polêmico de toda a minha argumentação. Tentarei ser o mais imparcial possível, e o menos agressivo ou ofensivo possível. Não pretendo ridicularizar ou menosprezar a crença em Deus, e tentarei me expressar o mais respeitosamente possível.
Por que o ateísmo seria um posicionamento mais inteligente do que os demais posicionamentos? O que faz o ateísmo especial? O que faz do ateísmo um posi-cionamento mais inteligente do que o teísmo? O que faz do ateísmo um posicionamento mais inteligente do que o agnosticismo? Bem, irei começar por esta ultima pergunta, pois muitos consideram o agnosticismo semelhante ao ateísmo – uma crença que precisa ser derrubada logo de início para melhor prosseguir com minha argumentação.
2.1 Por que o ateísmo é um posicionamento mais inteligente do que o agnosticismo?
Como já deixei claro, há uma crença de que o agnosticismo e o ateísmo são semelhantes – uma crença que precisa ser derrubada. Dentro dessa errônea semelhança atribuída ao agnosticismo com relação ao ateísmo, a pergunta soaria mais estranha e sofreria uma leve mudança: se o agnosticismo é semelhante ao ateísmo, o que faz este melhor do que aquele? Primeiro, é justo que se leve em consideração que o ateísmo é extremamente oposto ao agnosticismo, da mesma maneira que o teísmo também o é. O ateísmo é ausência da crença em Deus, enquanto o que agnosticismo é um posicionamento neutro: nem contra, nem a favor (embora existam os agnósticos teístas e os agnósticos ateístas, dos quais falarei mais adiante – porém, ao que me parece, existem mais agnósticos ateístas do que agnósticos teístas, e talvez por esta razão o agnosticismo seja erroneamente relacionado ao ateísmo).
O agnosticismo é um posicionamento neutro, que não nega nem afirma a existência de Deus. Segundo os agnósticos não se pode afirmar que Deus existe, nem que afirmar que Deus não existe – este é um assunto que está muito além da razão humana; não se pode comprovar empírica e racionalmente a existência, assim como a inexistência, de um deus, ou deuses. Os que aceitam esta idéia e a defendem, estão convencidos – convencidos demais, na minha opinião – de que este é um argumento inabalável e inquestionável. Mas a verdade não é bem esta. Antes de prosseguir com minha argumentação, vamos considerar os três possíveis posicionamentos agnosticistas. O agnóstico teísta acredita na existência de um deus, porém assume a impossibilidade de provar que ele existe ou que ele não existe por meio da razão; você apenas pode crer, através da fé, que ele exista. O agnóstico ateísta apresenta a mesma ausência de crença em um deus que o ateu, porém com a plena convicção de que não se pode provar ele exista ou não; você apenas não crê que ele exista. E existe o agnóstico de facto, que não afirma nem nega, nem crê nem descrê – é o que eu defino por “em-cima-do-muro”. Se o agnosticismo deixa em aberto, considerando por iguais ambas as hipóteses, por que o ateísmo seria um posicionamento mais inteligente? Simples: porque se o teísmo assume que Deus existe, e o ateísmo assume um posicionamento radicalmente contrário – a não-existência de Deus –, é um tanto óbvio que se um está certo, o outro obrigatoriamente está errado. Não se pode estabelecer que ambos tenham exatamente a mesma probabilidade de estarem certos. Porque, afinal, ou Deus existe, ou ele não existe – e as evidências apontam para a não-existência. Neste contexto, o próprio teísmo seria um posicionamento mais inteligente do que agnosticismo, o que nos leva ao próximo item.
2.2 Por que o ateísmo é um posicionamento mais inteligente do que teísmo?
Demonstrei que tanto o ateísmo, quanto o teísmo, seriam posicionamentos mais inteligentes do que o agnosticismo, do ponto de vista de que ambos não compartilham o mesmo número de probabilidade de estarem corretos – para um estar correto, o outro, obrigatoriamente, tem que estar errado. E obviamente um deles está com a razão, mas questão é: qual deles estaria com a razão? É fato que o ônus da prova cabe aos teístas, que afirmam a existência de tal entidade de caráter espiritual. Porém, não há qualquer argumentação lógica e racional que defende a existência de Deus – o que já caracterizaria uma derrota dos teístas. Mas antes de me aprofundar na resposta desta questão, quero explicar por que escolhi o teísmo e não o deísmo, o politeísmo ou o panteísmo – ou mesmo por que não argumentarei sobre cada posicionamento. Primeiro porque o deísmo e o politeísmo são crenças mais raras – eu particularmente só conheço uma deísta, e ainda assim pendendo pro ateísmo, e não conheço nenhum politeísta –, e o panteísmo é praticamente, tomando emprestado o termo utilizado por Richard Dawkins, um “ateísmo enfeitado” – em geral, os panteístas consideram a energia e o cosmos, que são puramente científicos. O segundo é um motivo bastante óbvio, e uma conseqüência natural do primeiro – o teísmo é o posicionamento mais comum de um crente.
O ateísmo é a ausência da crença em um deus, ou deuses. Mas por que não crer em um deus, ou deuses? Qual o problema da crença em Deus? A resposta é simples, a falta de evidências em seu favor. O ateísmo consiste num posicionamento lógico, que não vê qualquer razão plausível para crer no ilógico – Deus. Por mais que os religiosos insistam em debater, não existe um único argumento plausível, lógico e racional em favor da existência de Deus. Porém, concordo com a definição de Richard Dawkins, que alega que não basta ser ateu por motivos lógicos e não buscar respostas para a origem da vida e do Universo. E, de fato, existem respostas plausíveis para a origem da vida e do Universo. Mas, independentemente da busca por uma resposta, recorrer a Deus é, no mínimo, buscar uma resposta fácil e reconfortante. Ao nos depararmos com a inquietante questão sobre o que originou a complexidade da vida que vemos hoje, o que há de lógico em responder que foi Deus quem criou? Ver a imensidão do Universo, os bilhões de galáxias, trilhões de trilhões de trilhões de estrelas (e mais trilhões de trilhões de trilhões de trilhões de planetas!), o que há de plausível e racional em afirmar que foi Deus quem criou tudo isso? Não é preciso estudar, nem tão pouco ser intelectual ou sequer ser alfabetizado para dar uma resposta dessas – basta saber falar. Aí está a inteligência do posicionamento ateísta! Recusar uma resposta simplista, implausível e ilógica como esta.
E existem aqueles teístas que alegam ter uma noção de Deus alheia à religião. Ora, de onde surgiu a noção de Deus? Antes das religiões monoteístas, não havia qualquer noção de um deus onipotente, onisciente e onipresente, e sim a noção de deuses e deusas. Júlio José Chiavenato, jornalista da cidade de Ribeirão Preto (cidade do interior do estado de São Paulo – a cidade que eu moro), escreve em seu livro Religião – da origem à ideologia, que a religião nasceu antes de Deus. O que é um fato comprovado historicamente! O homem inventou a religião, e a religião, conduzida por homens, inventou Deus! A inteligência do ateísmo consiste em rejeitar crer em algo criado por homens para controlar e manipular homens, como se de fato existe tal ser a ser adorado.
Não me preocupei em argumentar sobre qual seria uma teoria alternativa ao desígnio divino, uma vez que o real objetivo não é negar a existência de Deus, e sim, explicar o posicionamento ateísta. Espero ter sido claro e não ter ofendido qualquer pessoa e suas crenças. Defendo o direito de crença, mas igualmente defendo o direito à descrença. Como surgem muitos textos falando sobre Deus – ou questionando a integridade moral dos ateus – resolvi escrever uma argumentação que de fato esclarecesse o posicionamento ateísta.
Gustavo Sales Barbosa
Ribeirão Preto-SP, 2008
lord.ateu@gmail.com
SER OU NÃO SER
(To be or not to be. That is the question! - Hamlet - Shakespeare)(Athos Fernandes - Shangri-La Poesias - 1979)Talvez que além da Vida e além da Morte, lá nos confins remotos do Infinito, se encontre solução para o conflitoentre o Ser ou não Ser da humana sorte! Deuses de barro, esfinges de granito, pirâmides e torres de alto porte, preces de Paz, rugidos de Mavorte, templos pagãos e túmulos do Egito. Do Ser e do não Ser eis o dilema! O controverso e milenar problemaque desafia os crentes e os ateus... O insondável mistério da existência, e a mesquinhez da humana inteligência, em gemidos de dor - clamam por Deus!
terça-feira, 3 de julho de 2012
O tempo
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e
inútil das horas…
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo…
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais
voltará.
(Mario Quintana)
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e
inútil das horas…
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo…
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais
voltará.
(Mario Quintana)
Um belo diálogo entre Calvin e Haroldo, sobre a questão da Ética. Criados por Bob Watterson. O nome original da dupla é Calvin e Hobbes. O menino de 6 anos, Calvin, é inspirado no reformador religioso João Calvino (John Calvin) (1509-1564), que discorreu sobre o homem estar naturalmente inclinado a promover o mal ao outro. O tigre de pelúcia, Hobbes, vem do filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679), que segundo Watterson possuia uma visão obscura da natureza humana, autor da famosa máxima "O homem é o lobo do homem" ? ou seja, o homem é o predador de seu próximo.
Sarcófagos de cérebros, eis o que são
Sarcófagos de cérebros, eis o que
são
Em nossos dias a mídia dominante, com ênfase para o que se refere às
mídias televisivas, é instrumento para manipular a massa servindo aos propósitos
do capitalismo. É a voz do capitalismo que grita alto e se aparenta muda, se disfarçando
em rostos bonitos, produtos novos e beleza, alienando enquanto o tempo passa e
a vida acontece no mundo real, uns esperando a novela, e outros esperando com
fome.
Denilson Filho.
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