Construindo
a diferença que queremos ver no mundo.
Sempre que começamos a divagar sobre o certo,
a falar de bem e mal, eu me sinto distante como se os valores que ensino, dialogo,
discuto e sobre os quais reflito não pudessem nunca se estabelecer como
verdadeiros e práticos na minha própria vida. É estranho isso pra mim, porque
se a noção de certo e errado muda muito de pessoa para pessoa, me pergunto como
estabelecer o que é certo pra todos? Como falar de bem coletivo, se parece que
cada um se importa mesmo é só consigo?
Sabe, já perdi tantas pessoas e tantas coisas
por me preocupar demais em fazer o que é certo, que hoje não me pergunto tanto
sobre os outros, suas verdades absolutas e suas opiniões que muitas vezes em
nada me ajudaram. Tentei criar uma distancia entre eu e mundo, e agora percebo
que se eu queria me proteger eu errei o que fiz foi me esconder, fugir do que
deveria ser. Estabelecia à ética e a moral num campo flexível para que não me saltassem
aos olhos os erros que cometia, e nem as incoerências que minha mente dilucida
jamais se aperceberia.
Mas a vida acontece do jeito ela quer, não
avisa e nem pede licença, e não por outro acaso ela nos traz com o tempo a
sabedoria, com a experiência o aprendizado, com o sofrimento a resiliência. E
percebemos que o bem se parece muito com um fruto, do qual se não plantarmos,
respectivamente não colheremos. Que para estabelecer o que é bem e o certo para
todos devemos nos fundamentar e partir de igualdade e dignidade, visando à
construção de um humano melhor, de um “eu” melhor por todos. Percebendo que somos
e fazemos parte de um todo muito maior, e que podemos e devemos nos fazer cada
dia melhor, buscando o melhor que podemos ser a partir de agora. Construindo a
diferença que queremos ver no mundo.
Por: Denilson Filho.